O Blefaroespasmo é um transtorno neurológico raro que costuma surgir após os 40 anos e afeta de uma a duas pessoas a cada 100 mil, principalmente as mulheres. Esta condição ocular pode ser diagnosticada a partir do fechamento involuntário dos olhos devido à impossibilidade de controlar o piscar.
Em casos graves, a condição pode causar sérios problemas de visão devido à incapacidade do paciente de manter os olhos abertos. Por esta razão, é importante submeter-se a um exame oftalmológico, se você acha que pode sofrer com isso, a fim de diagnosticá-lo o mais rapidamente possível.
O Blefaroespasmo é considerado um transtorno neurológico não-genético, do grupo das distonias idiopáticas, sem causa definida, em que há uma desorganização de circuitos motores que controlam os movimentos. Raramente pode estar associado ao uso de medicamentos do grupo dos antipsicóticos utilizados no tratamento de doenças psiquiátricas.
Sua identificação não é fácil, uma vez que pode ser confundido com problemas oftalmológicos que afetam a córnea. O diagnóstico do blefaroespasmo é essencialmente clínico. Geralmente não se recorre a exames complementares, mas uma eletromiografia dos músculos das pálpebras pode documentar a presença das contrações involuntárias.
O portador desse transtorno poderá ter dificuldade para realizar atividades diárias que dependem da visão, como ler, assistir à televisão e dirigir. Eventualmente, os movimentos involuntários podem estender-se para músculos adjacentes como a asa do nariz, os lábios e a mandíbula.
O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento do blefaroespasmo, particularmente em crianças, dado o risco de extensão gradual dos espasmos para outras áreas do rosto e pescoço.
Não há cura para o blefaroespasmo, mas há alternativas de tratamento, como o uso de injeções de toxina botulínica, pois isso permite o relaxamento dos músculos palpebrais, minimizando em 80% o mal-estar, mas sua duração é de três meses, sendo necessária uma reaplicação que pode ocorrer por toda a vida. Nos casos mais raros, em que a resposta à toxina não surte efeito, pode ser feita uma ressecção cirúrgica parcial dos músculos palpebrais.
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